terça-feira, 20 de maio de 2008

«EDITORIAL - Porque não foi assim em 2003?»

O cumprimento das obrigações tem, algumas vezes e ironicamente, o condão de tornar mais visíveis outras falhas, precisamente aquelas que dizem respeito aos mesmos assuntos ou assuntos homólogos tratados/passados noutro tempo. Passo a explicar. O tema é paralelo: resposta a pedido de parecer efectuado pela REN. Os protagonistas os mesmos: Presidente da Câmara Municipal de Sintra e REN. A atitude é que é diferente: em 2003 ausência de resposta, logo de parecer/ em 2008 resposta dada, parecer emitido. Quer isto dizer que, este ano – e muito bem, conforme é sua obrigação – o Presidente da Câmara Municipal de Sintra respondeu ao pedido de parecer efectuado pela REN relativamente ao seu Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte e Electricidade, o que obriga a REN a condicionar toda a sua acção pela posição assumida pela autarquia. Em 2003, o Presidente da Câmara Municipal de Sintra não o fez. E, ao não responder ao pedido de parecer da REN relativo ao então Plano de Desenvolvimento e Investimento da Rede Nacional de Transporte e Electricidade, permitiu que a REN pudesse avançar com a construção da linha aérea de Muito Alta Tensão Fanhões-Trajouce. Por outras palavras, estendeu a passadeira vermelha a uma entidade que, diga-se em abono da verdade, do interesse público e dos justos interesses das populações pouco quer saber, procurando os pretextos, os erros e os silêncios para fazer avançar a sua cavalgada autista, habilmente silenciosa e centrada exclusivamente nos seus próprios interesses." [texto integral]

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