sexta-feira, 28 de março de 2008

«Areia para os olhos»

Texto da autarca Fátima Campos: "A REN continua a tentar distrair-nos daquilo que é essencial, desviando-se habilidosamente da discussão do que de facto interessa: a linha aérea de muito alta tensão Fanhões (Loures) – Trajouce (Cascais), as suas consequências para os moradores e frequentadores dos Concelhos que atravessa e o modo e o tempo do desmantelamento da actual linha menos prejudiciais para as pessoas com quem interfere.
Este desviar das atenções concretiza-se através dos expedientes mais lamentáveis, indignos de uma empresa da envergadura da REN e da responsabilidade social que lhe é inerente por ser participada pelo Estado e tutelada pelo Governo português. Processos de intenção a quem não se resignou à construção selvagem de uma linha nociva à saúde pública - ao arrepio da Lei e da vontade da população - , no caso concreto a mim, manobras de bastidores fomentando a contra-informação e o boato, já para não falar de uma atitude nada cooperante (alicerçada na intencional promoção do equívoco) em sede de Justiça, nomeadamente no decurso do julgamento da acção principal, a decorrer no Tribunal de Sintra.
A mentira, a indução do equívoco e as insinuações e processos de intenção dirigidos a quem fez frente à REN têm sido, em suma, os métodos utilizados por esta empresa para tentar que a Linha Aérea de Muito Alta Tensão funcione nos exactos e prejudiciais moldes em que foi ilegalmente edificada.
Esta postura é a "prova provada" de que à REN não assiste qualquer razão no que está em discussão, de que não há argumentos válidos – em consonância com o Interesse Público – que justifiquem a citada edificação. E, na falta de substância nas posições que defende, a REN socorre-se de estratégias rasteiras.
Embora essas insinuações mereçam desprezo, padeçam de total descrédito e corporizem o ridículo, naquilo que este tem de mais preocupante – a pretensão a ser sério e credível -, e porque me são dirigidas (uma vezes de forma directa, outras pela via da insinuação), não me coíbo de lhes responder." [texto integral]

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