segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

«Estado recusa vender acções da REN à espanhola Enagas»

No Diário Económico: "A espanhola Enagas será forçada a ir ao mercado bolsista comprar acções da REN se quiser entrar no capital da empresa portuguesa. A razão é simples. O Executivo de José Sócrates não vai abrir mão de, nem mais um título, da gestora das infra-estruturas das redes de transporte de energia até ao final do seu mandato. O recado foi dado recentemente aos accionistas e só há perspectivas de uma eventual mudança de estratégia após 2009. Mas apenas se sair das eleições legislativas um novo governo. O congelamento da segunda fase de privatização da REN, ao contrário do que estava previsto, não compromete assim a troca de participações com o grupo espanhol, um negócio que resulta de um acordo celebrado recentemente entre os dois Estados. A garantia foi dada ao Diário Económico por fonte oficial do Governo. [...]
A notícia da suspensão da privatização em Dezembro, que já tinha sido anunciada por diversas vezes pelo ministro das Finanças, foi recebida pelo mercado com estupefacção. Sobretudo porque a explicação não convenceu. O Governo alega que não quer perder o controlo das redes básicas de transporte de energia do país e, como tal, não abdica dos 51% que ainda detém na REN. Mas há quem garanta, inclusive a própria gestão da empresa, liderada por José Penedos, que esse risco está afastado. A justificação é simples. Além de ser um negócio regulado, o Estado tem ser a possibilidade de reaver a concessão destas infra-estruturas. Indiferente a este processo não terá sido, no entanto, alegam diversas fontes, a polémica suscitada face à instalação de algumas linhas eléctricas de alta tensão. O problema foi despoletado na região de Sintra, mas rapidamente se alastrou a diversos pontos do país. E promete não ter fim à vista." [notícia integral]

Sem comentários: